Ambiente extremamente dinâmico e competitivo exige cada vez mais flexibilidade nos modelos de gestão.
É importante reforçar que muito já foi escrito sobre cultura organizacional e sua relação com a estratégia, estrutura e, consequentemente, a eficácia dos negócios. Existe uma suposição bastante explorada por vários autores que é a de que a cultura organizacional influencia na eficiência de uma corporação.
Primeiramente, é imprescindível entender que cultura organizacional é definida como um conjunto de crenças e valores que são compartilhados pelos membros da organização e que influenciam o comportamento dos empregados, trabalhando como guias para a tomada de decisão. A cultura influencia a atitude de todos os colaboradores e isso influencia a eficácia. Entende-se eficácia neste contexto como o grau em que uma organização realiza seus objetivos, podendo ser atrelada a indicadores como a participação de mercado, rentabilidade, taxa de crescimento e inovação.
A cultura é um elemento intrínseco a aspectos internos do comportamento dos empregados e que também é influenciada pela estrutura. A estrutura refere-se às configurações formais das tarefas e atividades para as empresas atingirem os seus objetivos e estratégias do negócio e é um fator extrínseco ao comportamento do ponto de vista externo, por meio de limitações formais, aspectos legais, trabalhistas, distribuição de autoridade, agrupamento de unidades e coordenação. O comportamento das pessoas na organização é a junção desses dois fatores, sendo fundamental estudar o impacto mútuo desses dois elementos para entender a organização de forma mais integrada.
Portanto, esses dois elementos, cultura e estrutura, são influenciadoras e influenciadas pela estratégia das organizações, que são planos para permitir uma melhor interação nos ambientes onde estão inseridas, garantindo assim maiores vantagens competitivas. Isso está intimamente relacionado com a eficácia organizacional. Também é importante reforçar que no mundo de hoje, onde a única certeza é que tudo mudará cada vez mais rapidamente, as organizações necessitam reinventar-se e se adaptarem constantemente às contingências, por meio do alinhamento e dos ajustes da estrutura formal, além de incentivos e mensuração de performance, ou seja, desenvolvendo estratégias para garantir a sustentabilidade no longo prazo.
Pesquisas sobre a evolução das organizações reforçam os desafios que as lideranças e organizações têm para a transformação constante da cultura, estrutura e estratégias dos negócios para competirem em um mercado que sempre se revoluciona. Desta forma, buscando o melhor entendimento desse fenômeno faço aqui uma provocação – a sua cultura e estrutura organizacionais estão alinhadas com a estratégia do seu negócio?
Um dos maiores dilemas enfrentados pelas lideranças das organizações é encontrar uma forma estruturada de alinhar estes três elementos: cultura, estrutura e estratégia.
Porém, isso não é garantia nenhuma de sucesso, já que a maior virtude, em tempos de constantes transformações, é conseguir entender a realidade do ambiente e aprender a destruir e reconstruir o status quo para garantir que as organizações se ajustem às ondas de competição do mercado e as transformações tecnológicas.
É constatado que o sucesso das empresas faz com que elas desenvolvam uma inércia cultural e estrutural e as mudanças necessárias tornam-se mais difíceis e lentas. A inércia estrutural está relacionada à resistência pelo tamanho, complexidade do negócio, interdependência das estruturas e processos. Ou seja, está relacionada ao tempo de vida da empresa e ao sucesso. Com o tempo, as empresas estabelecem um padrão de como as coisas devem ser feitas institucionalizando normas, valores e desenvolvendo uma prepotência, com a convicção de que o modelo adotado é perfeito e não são necessárias mudanças.
O ambiente em que as organizações estão inseridas atualmente é extremamente dinâmico e competitivo, exigindo cada vez mais flexibilidade nos modelos de gestão. Diante desse contexto, as ferramentas e processos que são utilizados pelas organizações precisam agregar novas formas de pensar e agir, além de serem cada vez mais ágeis para se adaptarem a esse novo mundo corporativo.
Fonte: Melhor Gestão de Pessoas