A relação entre agilidade e resiliência nos negócios diz respeito a flexibilidade, adaptação e recuperação imediatas para se manter à frente da concorrência.
Quando ocorre uma mudança organizacional, as principais áreas de foco, e que normalmente são mais visíveis, são as que envolvem processo, tecnologia e governança. Mas o que muitas vezes passa despercebido pelos líderes são os impactos dessas transformações na força de trabalho, que podem envolver fatores emocionais, como perda de autonomia, mudança de comportamento e de cultura – que são críticos para a experiência do empregado. É aí que entra a resiliência.
O termo resilient agility é bastante usado nas estratégias organizacionais de atração e retenção de talentos. No mercado de trabalho norte-americano, por exemplo, o tema está bastante em alta devido ao aumento dos pedidos de demissão por parte dos colaboradores, denominado The Great Resignation.
A relação entre agilidade e resiliência nos negócios pode ser explicada como a flexibilidade e adaptação imediata para se manter à frente da concorrência e a capacidade de recuperação rápida quando a empresa for pega de surpresa. E quando falamos em ter que lidar com situações inesperadas, não há melhor exemplo do que a recente pandemia.
As empresas continuam enfrentando grandes desafios de atração e retenção de talentos como consequência das mudanças impostas pelo isolamento social. O fato é que, atualmente, as companhias que estão se sobressaindo são aquelas mais ágeis no processo de comunicação sobre aquilo que querem neste pós-pandemia e fornecem uma maior flexibilidade, o que facilita uma reação mais resiliente.
Abaixo elenco alguns pontos importantes para as empresas alcançarem uma melhor eficácia em suas estratégias com resiliência e agilidade:
1- Transparência na comunicação
Muitas empresas perderam talentos importantes recentemente pelo simples fato de não terem sido claras sobre como seria o retorno após a flexibilização das restrições. Por isso, é fundamental trabalhar a transparência na comunicação e flexibilizar as possibilidades para os funcionários.
2- Atenção ao ritmo de mudanças
As pessoas estão desgastadas com as diversas mudanças causadas pela situação da crise mundial. Diante disso, é importante manter, na medida do possível, alguns sistemas e processos estáveis nos quais os empregados possam confiar e sentir segurança para realizarem suas atividades. Isso facilita a absorção e recuperação em eventuais transições.
3 – Foco no bem-estar
As organizações estão se concentrando mais no bem-estar dos empregados, em especial o emocional, pois questões como estresse geram custos e afetam a produtividade. De acordo com a pesquisa Tendências de Benefícios 2021, realizada pela WTW, 55% das empresas pretendem medir o estresse da força de trabalho e suas principais causas nos próximos anos.
Uma estratégia de bem-estar bem estruturada ajuda a empresa a agir rápido em benefício do empregado. É importante que sintam confiança e um apoio da empresa para se recuperarem nas adversidades.
4 – Atenção às recompensas
As empresas precisam estar atentas ao que os colaboradores passaram a valorizar. As recompensas e os benefícios vão variar dependendo da cultura e das características da força de trabalho. Portanto, antes de tudo busque entender os indivíduos e como seriam as melhores formas de recompensas.
5 – Definição de valores, cultura e propósito
É preciso ter clareza sobre os valores, a cultura e o propósito da organização levando isso em consideração em tudo o que está sendo feito. As pessoas também precisam entender o motivo de determinada ação estar sendo tomada.
Então, como a cultura corporativa de sua empresa tem evoluído, ao longo do tempo, para começar a mudar a capacidade de ser ágil e resiliente?
Uma força de trabalho resiliente e ágil influência novos comportamentos e aumenta o engajamento e a retenção dos talentos. Isso certamente é uma excelente maneira de impulsionar o sucesso organizacional.
(Fonte melhor RH – Erika Graciotto)