O foco estará no futuro. Por isso, separamos a opinião de especialistas para nos guiar em uma jornada rumo às principais tendências e prioridades do RH para 2024.
? Automação no recrutamento:
A atividade que envolve o recrutamento e seleção é uma das mais desgastantes da área de RH. Ricardo Tannus, Co-Founder da Catena, startup que aplica Growth Hacking ao recrutamento, afirma que, para otimizar esse processo, a utilização da inteligência artificial tem sido uma grande aliada, fazendo com que o trabalho de recrutar e selecionar candidatos seja mais assertivo.
“O benefício não é sentido somente na agilidade do processo, mas também na assertividade dos perfis selecionados”, pontua.
? Estratégias de engajamento:
De acordo com o relatório da Gallup, em estudo realizado de abril de 2022 a março de 2023 em 160 países, 77% dos colaboradores não se sentem desengajados no emprego e 51% estão à procura de novas oportunidades. No Brasil o cenário não é muito diferente, com 72% dos funcionários não engajados ao atual ambiente de trabalho. Dito isso, as empresas precisarão buscar novas estratégias para combater esse alto índice. Isso justifica a busca por um melhor engajamento como uma das grandes prioridades do RH para 2024.
“Soluções que possibilitam a aproximação do colaborador como membro ativo das ações das instituições colaboram com a criação da sensação de pertencimento e refletem em mais engajamento entre os colaboradores”, salienta Marcelo Gomes, CEO da Nexti, empresa de soluções tecnológicas para RH.
? Experiência do colaborador personalizada e bem-estar:
Segundo o time de especialistas da Randstad, o tempo em que somente um bom salário importava ficou para trás. O valor de se ter benefícios únicos e diferenciados tem sido cada vez mais relevante. Por isso, benefícios flexíveis e remuneração criativa, dedicados às necessidades e preferências dos talentos, relacionadas à flexibilidade, cultura organizacional, desenvolvimento e especialização, programas de apoio emocional, incentivos à atividade física, e até benefícios para pets, por exemplo – tem atraído a atenção dos talentos. De acordo com o estudo marca empregadora, para 90% dos profissionais brasileiros os benefícios não financeiros são considerados tão importantes quanto os benefícios financeiros.
? Organização plural:
Já é sabido no mundo corporativo que empresas diversas conseguem ser mais criativas, gerar mais resultados e tomar melhores decisões. Sendo assim, é necessário que as empresas se preocupem em ter maior presença de pessoas de diversas origens, faixas etárias, classes sociais, crenças e, principalmente, que façam parte de grupos minoritários. No entanto, o trabalho não acaba por aí. Além de investir em diversidade, as empresas precisam se preocupar também com equidade e inclusão, entendendo que diferentes realidades geram diferentes necessidades.
“Para aprimorar este ponto, precisamos deixar de achar que one size fits all, e construir diferentes experiências para diferentes grupos de pessoas, fomentando o enfrentamento às desigualdades estruturais e nos atentando aos desafios da força de trabalho multigeracional”, sugere Frederico Lacerda, CEO e Cofundador da Pin People.
? People Analytics:
Sai ano, entra ano e o People Analytics continua como uma das grandes tendências e prioridades do RH. O uso de análise de dados para tomar decisões estratégicas sobre talentos, identificar tendências de desempenho e prever necessidades futuras é algo que não pode mais ficar fora da rotina das empresas, independente do porte.
“Por que o People Analytics é tão frequentemente tratado como uma tendência? Porque ele tem muito espaço para evolução. As organizações ainda estão aprendendo a utilizá-lo de forma eficiente, as soluções se renovam, as prioridades mudam, por isso o PA é indispensável em listas como essa”, elucida Célia Amorim, especialista e consultora de Recursos Humanos.
? Reskilling:
Atualmente, os principais objetivos das companhias são permanecer relevantes e competitivas. E o RH tem sido um aliado fundamental nessa jornada, pois, para que elas tenham sucesso e se desenvolvam, necessitam de profissionais qualificados e engajados.
“Nesse sentido, as ações voltadas para as pautas de educação corporativa e reskilling se tornaram muito importantes, pois há, mais do que nunca, a necessidade de preparar as equipes para lidar com a transformação digital e possível substituição de empregos pelo avanço da inteligência artificial. Esse cenário exige que as organizações se movimentem para requalificar os profissionais e oferecer todas as ferramentas e recursos necessários para isso”, analisa Mateus Magno, CEO da Sambatech.
? Tecnologia All In One:
Os sistemas voltados ao RH estão, ano após ano, mais aprimorados. Apesar de poderem evoluir ainda mais, já é fato que as organizações, hoje, encontram em uma única solução um meio de gerir inúmeros processos. Não à toa, a competitividade entre as marcas vêm aumentando e é uma tendência imaginar que, em 2024, as ofertas estarão ainda mais aprimoradas e indispensáveis para o RH moderno.
“Tudo em um só lugar. É fundamental que o setor de RH invista no uso de softwares que tenham capacidade de executar todos os processos da área em um só lugar. É isso o que irá ajudar a simplificar as atividades, bem como obter ganhos de agilidade e rastreabilidade, favorecendo tomadas de decisões mais assertivas”, destaca Érico Almeida, sócio-gerente do Grupo Skill.
REVISTA: RH PARA VOCE.
