Gestão humanizada, foco no bem-estar do colaborador, ações para se tornar uma marca empregadora e tecnologia se tornam prioridade.
No ano passado, realizamos uma pesquisa com uma base de 300 profissionais de empresas de diversos segmentos, sendo a maior parte dos participantes profissionais das áreas de TI e serviços financeiros, que me chamou a atenção e me fez refletir ainda mais sobre a importância do RH se tornar de fato estratégico dentro das organizações. De acordo com o levantamento, 98,7% dos respondentes disseram que o salário não é o fator determinante para evitar a troca de emprego. Para eles, as condições de trabalho e, principalmente, a cultura de cuidado com o colaborador fazem toda a diferença para optarem por ficar ou não em uma companhia.
Diante desse dado não dá para ignorar a importância da área de Recursos Humanos se tornar estratégica para a saúde do negócio. O mundo mudou nos últimos anos, como acompanhamos, e quem não inovar a gestão tornando-a mais humanizada, implementando ações com foco no bem-estar e saúde mental do colaborador, desenvolver estratégias de employer branding, além de contar com o apoio de ferramentas tecnológicas para gerenciamento da área vai ficar para trás e continuar lidando com as altas de turnover.
Listei cinco recomendações que considero importantes para tornar o RH estratégico:
Conheça a fundo a estratégia do negócio da empresa
Uma área quando se torna estratégica gera resultados para a empresa. O RH que conhece a estratégia do negócio de maneira profunda tem mais chances de identificar o candidato ideal para as vagas existentes na empresa, tanto do ponto de vista do perfil técnico quanto comportamental, pensar e implementar estratégias para redução de turnover e retenção de talentos e desenvolver uma cultura de employer branding, ou seja, tornar a marca empregadora.
Por isso, é fundamental que a área acompanhe as reuniões com o board executivo e tenha muito claro os objetivos da companhia para o ano. Dessa forma, o RH pode influenciar proativamente nos resultados empresariais.
Gestão humanizada
Comecei esse texto falando que 98,7% dos entrevistados em uma pesquisa apontaram que o salário não é o fator predominante para evitar a troca de emprego. Esse dado mostra claramente que está mais do que na hora dos líderes implementarem uma gestão humanizada. A gestão humanizada nada mais é do que colocar o bem-estar dos colaboradores no centro das estratégias de gestão.
Priorize o bem-estar e saúde mental do colaborador
É papel do RH estratégico manter atenção ao bem-estar físico, mental e emocional dos colaboradores. Aqui, falamos não apenas sobre remediar, mas também de prevenir possíveis doenças mentais, como a síndrome de burnout. Rever a política de benefícios corporativos e incluir opções que cuidem da saúde mental e do bem-estar, como por exemplo, pagar para os funcionários viajarem em feriados ou férias é uma das alternativas que podem ser implementadas, assim como oferecer planos para prática de atividades físicas e até mesmo auxílio para cuidar da saúde mental em consultas médicas com especialistas. É chegada a hora de tratar o tema como uma ação contínua e não emergencial.
Invista em estratégias de employer branding
Toda organização que se preocupa genuinamente com sua equipe, no discurso e na prática, tende a motivar essas pessoas a se tornarem embaixadores da marca, seja dentro da empresa ou da porta para fora. Para isso, é importante investir, de fato, em ações para tornar a marca empregadora. O employer branding nada mais é do que um conjunto de técnicas e ferramentas que ajudam a gerar uma percepção positiva da marca no mercado. Quando os colaboradores passam a enxergar a empresa como uma boa opção para o desenvolvimento da carreira e a imagem reflete de forma positiva no meio, passa-se a ter a construção de equipes de alta performance, o que reflete em aumento de produtividade e melhora a competitividade da empresa.
A estratégia de recursos humanos é parte fundamental do sucesso de uma organização, para isso é necessário cada vez mais um posicionamento direcionado e, ao mesmo tempo criativo, com mudanças de fato efetivas e inseridas de maneira constante na cultura organizacional dos ambientes de trabalho.
Fonte: [Melhor RH]