Confiança e vulnerabilidade na agenda foi tema de painel do 2º Fórum Melhor RH Confiança, promovido recentemente pela Plataforma Melhor RH. Jane Teixeira, Diretora de Desenvolvimento Humano da Leroy Merlin Brasil, Adevani Rotter, da Ação Integrada e Wilson de Oliveira Jr, Diretor Comercial e de Novos Negócios da epharma coordenaram o bate-papo sobre gestão da confiança e o papel da liderança hoje.
Com a relação digital cada vez mais presente nas organizações, o líder passou por uma grande transformação no que se refere às operações e também no mindset. A confiança e a vulnerabilidade estão muito latentes nos processos atuais. O uso da tecnologia criou novos modelos e acelerou as competências do amanhã. Apesar do mergulho no digital e tecnológico, fala-se muito da importância da liderança humanizada, empoderada e de escuta ativa, como contextualiza Oliveira Jr.
Jane diz que o líder positivo deve ser impactante, mas ele só consegue esse efeito diante de sua equipe se ele demonstrar a sua autenticidade. “A confiança vai alavancar a mudança. Criar uma relação de confiança, primeiro começa por nós”, ressalta. E conta que certa vez um executivo lhe perguntou: “como eu faço para desenvolver confiança no meu time?”. Ao que ela respondeu: “Comece cumprindo aquilo que você promete”.
Wilson de Oliveira Jr, da epharma, Adevani Rotter, da Ação Integrada e Jane Teixeira, da Leroy Merlin Brasil: competências dos líderes em pauta. Adevani, por sua vez, levantou a questão da habilidade do líder em dar foco, que é prerrogativa do líder comunicador, sem fazer micro gestão. “O líder é empoderado para passar a mensagem, mas ele não é canal. Ele endossa”, completa ela.
Segundo Adevani, pesquisas mostram que as pessoas acreditam mais na palavra do líder do que do CEO da empresa, por exemplo. O líder imediato é o principal influenciador, mesmo no trabalho a distância. E essa relação, quanto mais autêntica e de mais proximidade, mais focadas são as entregas, gerando confiança e transformação.
A executiva enfatiza que toda a gestão passa pela essência assertiva da comunicação, mas também pelo acolhimento. O líder comunicador é ambidestro, ou seja, ao mesmo tempo que se cobra resultados com uma posição mais cognitiva e prática, tem também um lado emocional. Afinal, o líder é humano e tem uma relação humana com os liderados.
Quanto mais tecnologia, mais humano tem que ser o relacionamento e a comunicação”, diz Adevani. A conexão dupla do líder (tecnológica e humana), traz a importância do ouvir, ter empatia, conhecer o outro. Wilson de Oliveira Jr apoia o posicionamento das convidadas, e finaliza com um conceito de Kenneth Blanchard que diz que “se você acha que consegue fazer, isso é confiança. Se você fizer, é competência”.
Fonte: Melhor gestão de pessoas.