Não é novidade que o setor empresarial brasileiro e internacional vivem hoje um momento de crise e tensão. Com foco na retomada, empreendedores buscam meios de se reposicionar diante de um mercado mais exigente e desafiador. As tomadas de decisões se tornaram essenciais para manter a empresa ativa e o RH tem sido um dos principais pilares para essa recuperação.
Com um profissional de recursos humanos cada vez mais protagonista e ativo nos processos internos, a área tem atuado com objetivos inigualáveis para a reestruturação de uma corporação, mostrando variáveis que muitas vezes o setor financeiro e empreendedores que estão à frente do negócio, não conseguem enxergar. Essa ação participativa da área faz parte de um “novo RH”, muito mais focado em trazer soluções para o novo cenário que tem exigido iniciativas rápidas e assertivas.
Um exemplo disso são as medidas adotadas para a diminuição de gastos internos. Parte dessa estratégia resume-se no corte de colaboradores, mas tomar essa decisão sem a participação direta do RH, pode trazer grandes prejuízos. É exatamente por isso, que o gestor de recursos humanos tem que ser participativo nas decisões, afinal, é ele quem traz informações sobre produtividade, comportamento, desenvolvimento, cálculos sobre tempo de treinamento das áreas, oferta de mercado para cada função, folha de pagamento, tempo de casa de cada pessoa, desempenho dos funcionários e outras informações valiosas para a tomada de decisão.
Além de ser ativo nas questões financeiras, o “Novo RH” se mostra menos operacional, com líderes que aliados à Inteligência Artificial e com uma visão mais ampla do cenário, conseguem desenvolver ações muito mais estratégicas para promover o engajamento das pessoas. A utilização de ferramentas tecnológicas torna a configuração organizacional ainda mais ágil e faz com que a empresa tenham um diferencial competitivo dentro de seu mercado de atuação.
A transformação digital tem proporcionado ganhos significativos para as companhias. Segundo um estudo da Gartner, empresa de consultoria, os negócios digitais representarão 36% da receita total da empresa em 2020. Dentre as áreas que têm utilizado esses recursos podemos destacar o setor de RH, já que de acordo com um estudo feito pela Deloitte, empresa americana de serviços, 56% das corporações pesquisadas estão redesenhando seus programas de Recursos Humanos para incentivar o uso de ferramentas digitais.
Contudo, para o profissional de RH que ainda não se adequou à nova realidade, o isolamento social é uma grande oportunidade para automatizar os processos. A empresa que aproveitou esse momento para criar ações mais estratégicas, melhorar a sua eficiência operacional e colocou seus dados em dia, com certeza terá um diferencial futuramente. Mais do que nunca, a área de RH deve pensar em iniciativas para cuidar do seu banco de dados, fazer pesquisas e avaliações de desempenho para manter um fluxo extremamente eficaz e ágil.
O “Novo RH” já se adequou à realidade de cuidar de colaboradores e finanças de forma remota, mas é mais objetivo para tomar decisões mais difíceis sobre a equipe. É um RH focado em dados, mas sem deixar de lado as questões humanas. O questionamento que fica é – devemos cuidar das pessoas ou da economia? E a resposta é clara e objetiva – em todos os casos é importante zelarmos pelas pessoas, pois será devido a elas que a economia de uma empresa também será cuidada. Reflita sobre isso!
Fonte: melhor Gestão de Pessoas por Mônica Hauckem