Postado em 07 de Novembro às 13h45

Liderança estratégica: um dos principais desafios dos gestores

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P&P Consultoria - Desenvolvimento Humano e Organizacional A liderança é exercida em três níveis dentro de uma organização: estratégico, tático e operacional. Sendo a liderança...

A liderança é exercida em três níveis dentro de uma organização: estratégico, tático e operacional. Sendo a liderança tática, exercida por gerentes, supervisores e coordenadores, essencial para assimilar as decisões tomadas pelo nível estratégico (institucional) e transformá-las em um conjunto de ações exequíveis para o nível operacional (técnico). Mas, para que isso aconteça, é preciso também agir estrategicamente.
A liderança estratégica envolve pensar a longo prazo, identificar tendências e oportunidades, além de alinhar as atividades da equipe com a visão e missão da organização, sem deixar de lado, também, o desenvolvimento dos liderados. Neste artigo vamos apontar quais os desafios e competências que um líder tático precisa superar para ser reconhecido como uma liderança estratégica.

Qual o papel de uma liderança estratégica?
A liderança estratégica pode ser o diferencial para que uma empresa se mantenha competitiva num mercado em constante mudança. Vamos pegar o exemplo de uma partida de futebol: o treinador deve coordenar uma série de ações, com base na análise do jogo, para alcançar seus objetivos. Isso é chamado de estratégia. A tática inclui toda a movimentação que ele fará, como substituições, para colocar sua estratégia em prática.


No entanto, é importante lembrar que estratégia e tática são complementares, e o gestor deve desenvolver suas estratégias de modo que as táticas possam ser facilmente implementadas. Em outras palavras, a estratégia define o objetivo do líder e como ele irá alcançá-lo, enquanto a tática se concentra nas ações e ferramentas para a execução.
Por isso, independentemente do cargo que ocupa, todo líder deve ser capaz de ser tanto tático quanto estratégico em sua função.
A liderança estratégica tem ainda um valor diferenciado para empresas com muitos membros na equipe. Nesse caso, ela ajuda a alinhar líderes e liderados em torno da visão e dos objetivos da empresa, o que leva a um ambiente de trabalho mais eficiente e colaborativo.
Um líder estratégico, sendo proativo, ajuda a empresa no planejamento e antecipação de problemas futuros, a fim de minimizar seus impactos. Isso envolve a identificação de tendências e desafios, além da criação de um plano de ação para enfrentá-los.

Os desafios da liderança estratégica
A transição de líder tático para estratégico pode ser desafiadora, pois exige uma mudança na forma de pensar e agir. Enquanto o líder tático tende a se concentrar em tarefas a curto prazo, o líder estratégico deve ter uma visão ampla do negócio, entender as tendências do mercado, as necessidades do cliente e as forças que afetam o setor em que atua.
Um termo amplamente utilizado hoje em dia é o de "visão holística do negócio", que representa uma abordagem de todos os aspectos integrados da empresa, desde seus objetivos, processos e funcionários até clientes, fornecedores, concorrentes e ambiente externo.
A partir dessa perspectiva, os gestores podem tomar decisões mais estratégicas e informadas, tendo em mente a empresa como um todo e não apenas partes isoladas. Isso permite que as interconexões entre os diferentes departamentos sejam levadas em consideração, bem como as mudanças no mercado que podem afetar a organização.


Com uma visão holística, os gestores conseguem identificar áreas que precisam de melhorias e oportunidades de crescimento, alinhando metas e estratégias de forma mais eficiente. Além disso, essa abordagem também aumenta a eficiência e produtividade da empresa, além de fortalecer a capacidade de adaptação a mudanças no ambiente de negócios.
Além disso, a liderança estratégica requer a capacidade de inspirar e motivar uma equipe para trabalhar em direção a um objetivo comum, ao mesmo tempo em que se mantém focado no futuro da empresa.
Aqui, cabe também uma ressalva sobre o tipo de gestão vigente na empresa e que impacta na autonomia de líderes e liderados. Se a cultura da empresa segue um modelo de demandas e avaliações que é muito engessado, os talentos podem até querer fazer algo inovador e em conjunto, mas encontrarão barreiras.


Ou seja, nesses casos, o que resta a gerentes e coordenadores, por exemplo, é apenas aplicar em suas equipes estratégias que não funcionam. Mas, não tem autonomia para mudar o que foi decidido em etapas anteriores pela gestão. Daí a importância de se ter níveis de administração que conversem entre si não apenas em relação às demandas, mas a formas e processos para colocá-las em prática.


Como se tornar um líder estratégico?
Para se tornar um líder estratégico é necessário desenvolver competências específicas que permitam pensar de forma a liderar a equipe em direção à realização de objetivos de longo prazo. Algumas das competências-chave que você deve considerar desenvolver são:
- Visão de negócio: Compreender profundamente o mercado, as forças que moldam o setor e as necessidades dos clientes permite tomar decisões alinhadas com o crescimento e a inovação.
- Pensamento estratégico: Olhar além do presente e planejar o futuro é crucial. Identificar tendências, avaliar riscos e traçar metas de longo prazo são partes fundamentais dessa habilidade.
- Liderança transformadora: Inspirar e motivar a equipe a perseguir um objetivo comum, promovendo uma cultura colaborativa e incentivando o autodesenvolvimento, é o que torna um líder verdadeiramente transformador.
- Tomada de decisão informada: Avaliar dados e opções para decidir com clareza é vital, já que decisões estratégicas impactam profundamente o rumo da organização.
- Comunicação clara: Transmitir a visão e os objetivos com clareza garante que todos estejam alinhados e comprometidos com a meta maior, fortalecendo o engajamento da equipe.
- Habilidade de delegação: Confiar em membros capacitados para lidar com tarefas diárias permite ao líder focar em ações estratégicas de alto impacto.
- Adaptabilidade: A habilidade de se adaptar rapidamente às mudanças e abraçar novas oportunidades é essencial para se manter competitivo em um ambiente de negócios dinâmico.

Tempo X desenvolvimento dos liderados
Buscar o autodesenvolvimento como líder estratégico é algo que exige tempo e dedicação. Mesmo assim, não é possível se eximir de outra responsabilidade enquanto gestor: o desenvolvimento dos liderados.
O gestor precisa saber quem são os talentos do seu time, evitando ser imparcial em seus julgamentos. Assim, é possível focar realmente no que precisa e preparar sua equipe.


Motivar a evolução dos talentos da organização pode ser um desafio, especialmente quando o tempo é limitado. No entanto, existem algumas estratégias que podem ajudar a alcançar esses objetivos:
- Priorize: Concentre-se nas atividades que realmente impulsionam as metas estratégicas, evitando distrações com tarefas de menor impacto.
- Seja claro: Comunicação transparente sobre expectativas e objetivos estratégicos é chave para alinhar todos na mesma direção.
- Converse: Utilize feedback frequente – formal ou informal – para identificar áreas de melhoria e estimular o desenvolvimento de habilidades nos liderados.
- Escute: Receber orientação de um mentor, até mesmo por mensagens rápidas, pode trazer insights valiosos para aprimorar sua própria liderança e motivar a equipe.
- Reconheça: Um simples elogio pode fazer diferença. Reconheça bons resultados abertamente, reforçando o compromisso e a motivação dos colaboradores.
- Oportunize: Mesmo com a agenda apertada, investir em desenvolvimento é crucial. Treinamentos curtos ou conversas de alinhamento ajudam a ajustar rotas e a fortalecer a capacidade da equipe.


Conclusão
A liderança estratégica é crucial para o sucesso sustentável de uma empresa, mas é importante entender que ela atua em conjunto com a liderança tática e operacional. Cada nível de liderança tem um papel fundamental na execução dos objetivos organizacionais, e é necessário desenvolver competências específicas para que os líderes táticos e operacionais evoluam até o nível estratégico. Isso implica uma gestão ativa e direcionada, onde o tempo escasso não é motivo para deixar os liderados sem orientação.
Ao investir no aprimoramento das competências certas, os líderes estarão prontos para enfrentar os desafios futuros e direcionar suas equipes rumo ao sucesso organizacional, garantindo uma base sólida de gestão e impulsionando o desempenho coletivo.

Fonte: Metadados RH 360º

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